- Sim, sim, atrapalhava muito o meu
foco. De madrugada era o momento que mais a mulherada pipocava a minha cabeça.
- Mas como o senhor conseguia ter
cabeça para a ciência e pesquisa então? Sua mente parecia pervertida Dr.
Estrôncio?
- Sim, confesso que era muito pervertida,
obsessiva.
- Esses pensamentos cansavam-lhe a cabeça?
- Eu ia a fadiga, me tiravam totalmente do foco.
Agradeço muito ao Dr. Freud e a Viena, pois do jeito que minha cabeça
funcionava eu não teria condições de ir pra frente em coisa alguma. Está vendo,
curadinho! Hoje estou em foco no mundo todo.
- E hoje no que mais o senhor pensa além da
ciência?
- Na senhorita.
- Em mim, como assim? Está pensando alguma
bandalheira de mim?
- Não senhorita! Estou pensando em que momento irá começar
a me perguntar sobre ciência. Também estou pensando em logo retornar para
Viena. Viena, quantas saudades você me traz!
- Doutor Eugênio Estrôncio estou recebendo aqui no
“meu ponto” uma informação da direção do programa, que nosso tempo de
entrevista acabou!
- Acabamos nem tocando em ciência que é justamente
o tema primordial do programa Dr. Estrôncio.
Sua presença custou uma fortuna para a nossa
emissora e agora também poderá custar o meu emprego!
O que o senhor pode dizer para salvar-me desta
situação horrorosa Dr. Eugênio?
(Dr. Eugênio de maneira calma e serena)
- Acho que a senhorita dá muita atenção para essa questão de farra e mulherada, está parecida comigo antes do tratamento.
Isso acaba com a concentração!
Sugiro que vá morar em Viena minha filha e fazer psicanálise
com os discípulos do meu estimado Dr. Freud.
- Por que o senhor fala tanto de Viena e do Dr. Freud?
- Porque aquele que não se foca no que tem, um dia acaba sem.
- Porque aquele que não se foca no que tem, um dia acaba sem.
- Realmente Dr. Eugênio eu me desconcentrei, em ciência eu nem toquei, dancei...
- Não desanima não minha filha, porque houve solução até pra mim!.....Fim
- Não desanima não minha filha, porque houve solução até pra mim!.....Fim