Em plenos tempos de corrupção
De pilhagens, de pilantragens
A alma fervorosa se apega a
oração
Pede com imensa devoção
Que a divina providência
Se encha de dó e comoção
Que olhe e ampare as tantas
Marias e Josés
Que liberte a todos, sem
discriminação
Do copioso sofrimento de sua
nação
Pobre homem de fé
Que ficará até a morte
De mãos postas à própria sorte
Ajoelhado ou em pé, não
importa
Aguardando por um milagre
Dentro de sua sofrida tenda
de morte
Acreditando em vão que o amor
É um ato paciencioso de fé e
oração
Um aguardar tímido dos céus
E não uma atitude firme dos
grandes valentes
Que não madornam na estrada
dura e pedregosa
Mas sim, movimentam as
montanhas com atitudes