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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Abundância bizarra



Às vezes eu fico pensando nas tantas coisas surpreendentes que já vi e imaginando as tantas que ainda verei.
São notáveis a simplicidade e a beleza da natureza e quando olhamos para tudo isso, presumimos a graciosidade e a magnitude de seu possível criador.
Assim se dá a forma natural de imaginarmos as coisas. Um mistério belo e surpreendente!
Me parece também surpreendente a colossal capacidade que algumas pessoas possuem de mexer com a harmonia natural das coisas e transforma-las em vaidades tão bizarras.
Não é meu propósito ser chulo na narrativa, mas fiel aos fatos, e assim sendo vamos lá.
Hoje eu fui ao supermercado, desses que tem uma esteira rolante onde o carrinho se fixa e vamos para o andar superior.
Assim que iniciei a subida da rampa, olhei para frente e me deparei com a maior bunda que já vi na vida. Confesso que fiquei impressionado.
Meus pensamentos tentaram se organizar para não haver ideias distorcidas da realidade. Pensei: “calma, aguarde chegar no plano – talvez o ângulo de visão esteja distorcendo a realidade da imagem”. Me acalmei e aguardei ansiosamente chegar ao segundo piso.
Lá percebi que a proprietária da dita bunda conduzia rebolante o seu carrinho e assim conclui: “ela parece estar de boa com a sua bunda”, mesmo porque vestia uma justa calça fusô preta.
Alguns poderão pensar que sou antiquado, que não conheço a moda e que eu não tenho nada com isso.
Não me vejo antiquado, confesso sim, que não sei de moda e que realmente nada tenho com o fato dela estar espremida dentro daquela calça fusô, afinal gosto não se discute.
A narrativa não está ligada a um propósito de elaborar um compêndio sobre etiquetas e nem tão pouco a respeito da anatomia dos glúteos, pois não sou especializado no assunto.
O que me intrigou não foi a largura, o que seria totalmente compreensiva diante de fatores genéticos e muitos outros, mas sim ao tanto que ela ia para trás e para cima. Uma bunda tão empinada que o topo ficava acima da linha da cintura.
Ali estava a calça fusô, por baixo dela a bunda empinada e por dentro certamente uma desatinada quantidade de silicone, pois a sábia natureza jamais faria aquilo com ela. Aquilo desafiava os princípios básicos não só da anatomia humana como da gravidade.
Pensei ainda que por trás de tudo mesmo, estava uma triste pessoa que se intitula especialista da saúde e da estética, destroçando aquela triste sonhadora mulher.
É quando o criador se deixa embarcar no desatino da criatura ou vice-versa.


O triste fim de não ter vivido



O viver não pactua com o ficar na indecisão.
Ele clama por uma nova reflexão e exige a decisão.
Viver na indecisão não é viver. É uma enganação, um levar a vida pensando que viveu.
O resultado disso é o remorso do que fez com a vida.
É o triste fim de não ter vivido.


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Batendo os próprios recordes



Material utilizado: indignação, caneta e papel A4.

Autor: João de Azeredo Silva Neto

Copyright do autor


terça-feira, 10 de maio de 2016

Esperança


Esperou pra nascer
Esperou pra crescer
Esperou pra saber
Esperou pra aprender

Esperou, esperou...
A vida inteira
E agora José?
O que haverá de esperar?


segunda-feira, 9 de maio de 2016

Hoje eu entro pra história


Material utilizado: indignação, lápis e papel A4.

Autor: João de Azeredo Silva Neto

Copyright do autor



domingo, 8 de maio de 2016

Mãe



O que dizer sobre mãe
Se mãe é alguém tão visceral
Alguém tão sem igual
A ponto de ainda não haver palavras
Para real definição

Posso dizer sim!
Que minha mãe é linda
Ternura que não finda
Que com seu jeito manso e doce de ser
Me ensinou o amor viver

Obrigado minha mãe!
Obrigado mãe querida!


sábado, 7 de maio de 2016

Uai



Se não dá pra fazer, não faça então uai!
Ah, …e antes que você possa fazer outra coisa e eu me esqueça, pare de resmungar!


Chá de Educação



Você não precisa ficar aguardando por grandes ideias para fazer um bem para alguém.
Se assim realmente quer, algo tão simples e saboroso como um bom chá de erva-doce te espera.
Trabalhe e faça pelo “saber”.
A “educação” é um remédio com capacidade de curar muitos males da humanidade.


Por que só rezas?




Se o mal debocha da tua oração e tem pavor da tua ação, por que só rezas?


segunda-feira, 2 de maio de 2016

A hora da transposição



Não haverá medo e nem perigo
Você vai poder meter o pé na jaca
Não será despedido!
Mandar o chefe as favas, vai até virar “carne de vaca”

Quando seu amigo fizer um bolão de loteria
Não precisará ficar com correria
Todos os bilhetes serão premiados
E vai dar uma merreca pra cada um

Poderá comer com gosto gordura saturada
Comida funhanha, bacon, ovos, hamburgão
Usar papel higiênico primavera
Sem preocupação com a tal exclamação: “já era!”

Não haverá transposição do São Francisco
Nem pistolas, nem canhão
Um mundo de paz
Um mundo..., espero que “bão”

O sertão não será mar
E nem o mar será sertão
O que é, continuará como sempre foi
E o que não é, nunca será e fim de papo

Alfa será sempre alfa
E deixará beta em paz
O consumo não te assustará jamais
Pois os cartões ficarão cheios de crédito

Não haverá mais filas
Não haverá mais senhas
Nem prazo para pagamento
E todas as bundas serão quadradas

Não haverá mulheres frutas
Nem homens bananas
Todos serão iguais
Isso evitará muita discórdia e confusão

As Giseles serão como as Marias
Os Zés como os Manés
Os motores terão as mesmas potências
Assim os fusquinhas competirão como as Ferraris

Vestiremos todos da mesma cor
Se for macacão todos de macacão
Se for jaleco branco e estetoscópio no pescoço
Assim será

Times diferentes
Nem pensar
Todos gritarão “goool” na geral
Não importa em que rede a bola irá entrar

O começo ficará sempre no início
E o fim ficará eternamente em seu devido lugar
Não se chateará da incompetência
Nem se vangloriará da sua fabulosa ereção

Afinal no Dia do Juízo Final
Sem enchimento de saco
Iguais descansaremos enfim
Todos confiáveis e destemidos

Para sempre no tão sonhado Paraíso
Seja bom ou seja insípido
É o que terá de cardápio
O duro é a “merda” do desconfortável caixão


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