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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Quase sem medo



Levar tábua
Um não da namorada
Enfrentar a gozação
O tempo passou
Eu cresci
O medo mudou

Não conseguir emprego
Ficar sem dinheiro
Não ter profissão
O tempo passou
Eu cresci
O medo mudou

Imaginar um filho sofrendo
Não ter condições da casa prover
A família perecer
O tempo passou
Eu cresci
O medo mudou

A velhice chegou
Dores e doenças, o corpo reclama
Remédios, convênio, o que pode faltar?
O tempo passou
Eu cresci
O medo mudou

E agora?
Acho que agora estou “quase” sem medo
Somente agora, bem em cima da hora
Já sem vida aprendendo que basta apenas “viver”
Me aproveitar de tudo do ontem e do amanhã
Mas somente para o “agora”, intensamente viver


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