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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Respeitando as diferenças



Um dia destes fui comprar ração para minha querida cachorra Tuca.
Embora alguns achem isso um absurdo, cachorros também têm sentimentos e necessidades. Sentem frio, calor, sede, fome, dor e possuem uma generosidade e um bom humor que às vezes não consigo ver em muita gente.
A comida humana tem propriedades que não são adequadas aos cachorros, ou seja, conforme o velho ditado popular: “cada quá’ com seu piquá”.
Tudo tem sua harmonia, um sentido de ser e como já diziam tantos pensadores: “nada é por acaso”.
Bem..., entrei no Pet Shop e enquanto aguardava ser atendido fiquei admirando com satisfação aquela quantidade toda de itens destinados a esses merecidos bons amigos.
Fiquei ali refletindo feliz da vida o quanto as coisas estão mudando, embora lentamente, para melhor.
Antigamente muitas destas coisas não eram possíveis serem compradas pelos nossos pais e muito menos pelos nossos avós.
Um maior número de pessoas está tendo acesso além das coisas básicas para viver, a outras que também são importantes.
Que bom que isso possa também atingir os animais.
No meio desses pensamentos todos acabei dando risada quando vi um vestidinho vermelho de bolinhas brancas, para as cachorrinhas usarem em dias de festa.
Não sou adepto que animais usem roupa, por sinal algumas que seres humanos usam eu também não sou, pois causam um desconforto danado.
O vendedor me atendeu explicando as vantagens das diferentes rações e a partir daí fiz a compra.
Embora não fosse meu propósito comprar o vestidinho, antes de ir embora perguntei se havia daquele para minha cachorra, que é de grande porte.
O vendedor me informou que não tinha aquele produto em tamanho grande e que seria difícil encontrá-lo.
Saí da loja pensando que alguns aspectos são muito parecidos para os seres humanos e os animais.
Seria justo que o vestido estivesse disponível também para cachorros de médio e grande porte, assim como roupas bonitas também estejam disponíveis para pessoas de diferentes estaturas ou tamanhos.
Somos iguais em certos aspectos e diferentes em outros. Não é porque a moda é lilás que todos tenham que gostar do lilás.
Diferentes pessoas têm diferentes gostos e diferentes desejos.
É importante a concepção de que a beleza, o ensino, as possibilidades e outros elementos mais não se limitem somente a algumas pessoas, a certos padrões preestabelecidos socialmente e excluam as tantas adoráveis “Tucas” destas condições.
Quando as intolerâncias se estabelecem a flexibilidade se perde e todos nós perdemos com isso também.




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